DIAS, CARLOS MALHEIRO (1901) OS TELLES D'ALBERGARIA: ROMANCE. LISBOA: TAVARES CARDOSO & IRMÃO. DE 18X12 CM. COM [8], 463 PÁGS. E.
Um dos primeiros romances de Carlos Malheiro Dias e um dos mais estimados livros deste autor portuense. Em 1900 Malheiro Dias publicou o romance, o Filho das Ervas, onde espelha o drama dos filhos ilegítimos, livro que levará o brasileiro Eduardo Prado a dizer a João do Rio: «Eça desaparecido, o maior romancista da língua portuguesa é Malheiro Dias». No ano seguinte aparece Os Teles de Albergaria, cujo cenário político é o da monarquia liberal da segunda metade do século XIX até ao 31 de Janeiro de 1891. Nestes dois livros mostra-se, à saciedade, como realmente o autor é um monárquico devotadíssimo, inimigo do constitucionalismo que transformara Portugal num país «contaminado pelas rivalidades das facções e pelos interesses dos partidos». O romance inicia a ação na nobre e vetusta cidade de Guimarães: “Por um claro domingo de Julho, à hora da missa, um landau desembocava a trote no campo da feira, em Guimarães, indo e estancarem frente do Palácio dos condes de Villa-Torre - casarão envelhecido pelas chuvas e sóis de quasi dois séculos, cuja frontaria de solar e convento tomava todo um lado da praça…” Encadernação moderna com a lombada em material sintético e pastas cartonadas revestidas de papel a imitar pele; com aparo em todos os cortes e as capas conservadas. [miolo amarelecido e com acidez, mais evidente nas primeiras e últimas folhas; capas escurecidas, com manchas, alguma sujidade e pequenas perda de papel]
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