O BLOCO PENINSULAR

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CORREIA, A. A. MENDES (1943) O BLOCO PENINSULAR. LISBOA: TIP. EDITORIAL IMPÉRIO. DE 25X17 CM. COM 34 PÁGS. B.

(…) apesar do Convénio de Amizade e não Agressão ter sido celebrado entre os dois países em Março de 1939, só a partir do Pacto Ibérico de finais de 1942 é que a questão da harmonia peninsular surge a plenamente nesta revista. Evoca-se então António Sardinha, aquele que depois de Oliveira Martins, "mais e melhor estudou as nossas relações com a Espanha, sob o ponto de vista duma sólida aliança que desse aos dois países da Península a nítida consciência dos seus destinos paralelos". Sobre o Bloco Peninsular é publicado num só número um dos mais extensos estudos da revista (30 páginas), da autoria do catedrático Mendes Correia" que convocou a sua erudição antropológica, histórica, política e geográfica "para reflectir sobre o tema que introduziu desta forma: "Não é uma simples hipérbole do jornalismo político dizer-se que o facto culminante da vida dos povos ibéricos nos últimos anos foi o entendimento, a comunidade de vistas, que se traduziu, em dezembro último, na constituição do Bloco Peninsular".

Após esta clara afirmação da importância estratégica da nova aliança, o professor explica que se guiará por dois postulados fundamentais: por um lado, valores espirituais perenes e ecuménicos e, por outro, o bem e a independência da Pátria portuguesa. Assim, tenta desfazer as desconfianças seculares em relação à Espanha e os equívocos do iberismo, explicitando que não se tratava dum "imperialismo hispânico", mas sim duma "cooperação na defesa das duas nações e no serviço de valores eternos", não se tratava de monarquia ou federação ibéricas, antes um pacto que visava preservar a autonomia e patriotismo de dois países vizinhos, ambos neutros no conflito mundial”

Nota: capa cansada e com abundante acidez; miolo limpo.

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