MALHOA E O MUSEU DAS CALDAS

MONTÊS, ANTÓNIO (1943) MALHOA E O MUSEU DAS CALDAS. LISBOA: IMPÉRIO. DE 25X17 CM. COM 20, [1] PÁGS., [6] FLS. EST. B.

Separata da revista Ocidente

«(…) Comecei por falar de Silva Porto, Mestre de Mestres, que teve grande influência na obra de Malhoa. E falando de Malhoa, ocorre-me o nome de outro portuense ilustre, homem de letras notável, cuja obra tem pontos de contato com a do glorioso pintor Caldense.

Chamava-se José Duarte Ramalho Ortigão, árvore de rijeza antiga, com raízes mergulhadas no solo da nossa Terra e a ramaria frondosa a estampar-se no azul do céu, o Ramalho vigoroso e desempenado, de passo lento e cabeça erguida, figura robusta como robustos eram o espírito, a alegria e o caráter.

Malhoa e Ramalho entenderam-se bem, foram amigos, e, como eram semelhantes na alma, na obra, na formação, no sentimento e no nacionalismo, entendi dever juntar os dois príncipes da cor e do realismo, nesta palestra despretensiosa em que vim falar de Malhoa.»

Ilustrado à parte.