VIANA, ANTÓNIO MANUEL COUTO (2004) 60 ANOS DE POESIA 1943-2003. VOL. I. LISBOA: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA. DE 24X16 CM. COM 492 PÁGS. B.
Inclui as obras: O Abstruso Lírico; No Sossego da Hora; O Coração e a Espada; A Face Nua; Mancha Solar; A Rosa Sibilina; Relatório Secreto; Realejo; Desesperadamente Vigilante; Pátria Exausta; Raiz da Lágrima; Voo Doméstico; Nado Nada; Ponto de Não Regresso; Entretanto Entre Tantos; Retábulo Para um Íntimo Natal.
«No seu percurso poético, Couto Viana não seguiu sempre a mesma estrada. Depois do inicial egotismo de Avestruz Lírico, conhece companheiros com afinidades electivas e literárias, que se reúnem na revista Távola Redonda. Mas o seu solar mundo estético foi subitamente perturbado por circunstâncias obscuras, que se exprimem na linguagem sibilina, e por vezes áspera, de Relatório Secreto. E quem se olhava sempre a si próprio abre os olhos ao mundo circundante, vendo, ainda que não visível, o que ele já pressente: o poeta faz-se vate. A partir de Pátria Exausta, ouve o ruído surdo de uma tempestade que se aproxima. O pressentimento transforma-se em lamento, quando faz o inventário do desastre. Refeito do desespero, renasce a esperança de um futuro ainda possível. No longínquo Oriente, descobre pegadas de antepassados nossos, que lhe restituem o orgulho de ser português. No Oriente, descobre também outro universo e outra civilização, exóticos para olhos ocidentais. Da lírica intimidade, a sua poesia acede ao visual e descritivo. Regressando à terra e a si mesmo, escreve os poemas crepusculares e, não raro, irónicos de Café de Subúrbio. Uma Lisboa periférica é o melancólico observatório em que o «Velho» – assim se autodenomina o Poeta – vê, desencantado, os outros e se a si mesmo.» João Bigotte Chorão
Prefácio de Fernando Pinto do Amaral.
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