ROMANCEIRO DA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES (DISTRITO DE BRAGANÇA)

53,00€

ROMANCEIRO DA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES (DISTRITO DE BRAGANÇA)

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ROMANCEIRO DA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES (DISTRITO DE BRAGANÇA). EDITADO. POR MANUEL DA COSTA FONTES; COLIGIDO COM A COLAB. DE MARIA JOÃO CÂMARA FONTES; PREF. DE SAMUEL G. ARMISTEAD E JOSEPH H. SILVERMAN; TRANSCRIÇÕES MUSICAIS DE ISRAEL J. KATZ. COIMBRA: POR ORDEM DA UNIVERSIDADE, 1987. 2 VOLS. DE 25X20 CM. COM LXXI, 1447 PÁGS. ILUST. B.

A mais completa e estimada recolha de romances do distrito de Bragança, que inclui ainda pastorelas e despiques, romances de cego popularizados, orações, ensalmos, anfiguris, trechos de teatro popular, bem como o cancioneiro. Edição ilustrada com notação musical, índices vários e bibliografia. O estudo introdutório contêm elementos relevantes para a História editorial do romanceiro tradicional transmontano.

Manuel da Costa Fontes percorreu o distrito de Bragança e aí realizou uma recolha monumental. Segundo Pere Ferré, trata-se da “maior coleção de romances de um só distrito” (Ferré, 2007: 78). Além de extenso, o pecúlio poético reunido por este coletor inclui versões de temas tradicionais raras vezes encontrados em território português (Fontes, 1987: XXIII-XXIV). “(…) Dantes, os romances cantavam-se especialmente durante as ceifas e as malhadas, por grupos de trabalhadores, mas atualmente esse costume quase desapareceu. (…) Houve quem afirmasse que os patrões lhes pagavam só para que cantassem, animando os outros trabalhadores, que respondiam à medida que iam ceifando. (…) acabámos de ver que havia romances para as ceifas e outros eram considerados mais apropriados para as malhadas. Os últimos eram geralmente mais curtos. (…) Os romances também eram utilizados durante outros afazeres agrícolas, como a apanha da azeitona, enquanto as mulheres bordavam ou se ocupavam com os labores domésticos, em serões, etc.

Esta colecção também contém um bom número de poemas de outros géneros como funções mais ou menos específicas. Orações que se rezavam ao deitar e ao jantar, na igreja ao entrar, quando o padre vinha da sacristia, ao comungar, o no fim da missa, várias preces pelas almas do purgatório, (…). Cantigas de pedintes, ensalmos com várias finalidades, desde aqueles que se destinavam a encontrar coisas perdidas, a fazer crescer o pão, e a proteger a casa. (…).

Muitos romances com muitos dos poemas incluídos nesta coleção, além do seu valor lúdico, revestiam-se de funções mais ou menos específicas que os tornavam parte integrante da vida das pessoas, quer ao nível individual, quer ao comunitário. [Lombadas escurecidas pela exposição à luz]

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