ISTORIA DO CATIVEIRO DOS PREZOS D'ESTADO NA TORRE DE S. JULIÃO A BARRA DE LISBOA

402,80€

ISTORIA DO CATIVEIRO DOS PREZOS D'ESTADO NA TORRE DE S. JULIÃO A BARRA DE LISBOA

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LOPES, JOÃO BATISTA DA SILVA (1833-34) ISTORIA DO CATIVEIRO DOS PREZOS D'ESTADO NA TORRE DE S. JULIÃO A BARRA DE LISBOA DURANTE A DEZASTROZA EPOCA DA USURPASÃO DO LEGÍTIMO GOVERNO CONSTITUCIONAL DESTE REINO DE PORTUGAL. LISBOA: IMPRENSA NACIONAL. TOMO I (A TOMO IV). DE 15X10 CM. COM LXXXVIII-212 [3]; 355,[1]; 271,[1]; 223,[1] PÁGS. ILUST. E.

Primeira edição, deste livro que nas palavras de José Neves Águas ditas no proémio duma edição recente, “é mais citado do que conhecido”. Documento indispensável para a compreensão das lutas entre miguelistas e liberais, a obra é um relato da situação vivida pelos presos (muitos de alta condição), durante a sua retenção na Torre de S. Julião da Barra, entre os quais o próprio autor, nascido na cidade de Lagos, em 1781. Ao longo do apaixonante relato, sobressaem apontamentos de grande interesse sobre a situação política da época. Tais factos fazem da obra um documento de história «viva».

(…) Esta obra foi escrita e composta nas mesmas prizões; conferidos os fatos pela maior parte com os mesmos padecentes: as mesmas reflesões ou materias estranhas, são as que então podiamos fazer: privados de comunicasão esterna, a muito custo, e perigo rarissimas vezescolhiamos alguma noticia, que mal nos orientava. Era mister ter, primeiro, os apontamentosem muito resguardo, depois a obra, por cauza das revistas, que não poucas vezes nos davão apapeis, fazendo-nos até despir, como se dirá; algumas vezes forão inutilizados, depois reformados, sempre com muitos sustos e risco, até da propria vida. (…)”.
O primeiro volume apresenta uma relação dos 618 “Prezos d’Estado que estiverão na Torre de S. Julião da Barra durante a uzurpação”, lista que foi “estraída do Caderno dos asentos que avia na Torre, melhora com as declarações dos prezos” e no fim uma curiosa relação do “calão, ou algaravia dos malandros”.

Ilustrado com gravuras 2 desdobráveis coloridas manualmente (no 1º volume) e 1 partitura musical do código de assobios dos presos (aberta em chapa, no 2º volume). São raros os exemplares que conservam as gravuras e são ainda mais raros os que as apresentam coloridas na época. Todos os volumes preservam as folhas do índice e erratas.

Encadernações da época inteiras de pele com dourados na lombada.

Nota: miolo amarelecido, mas limpo; pele na cabeça da lombada do 1.º vol. com leve desgaste.

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