MOREIRA, FERNANDO ALBERTO TORRES (2000) FILINTO ELÍSIO: O EXÍLIO OU O REGRESSO IMPOSSÍVEL. CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DO SEU PROCESSO INQUISITORIAL. BRAGA: EDIÇÕES APPACDM. DE 24X16 CM. COM 341 PÁGS. ILUST. B.
O volume publica no essencial a Dissertação de doutoramento em Cultura Portuguesa apresentada pelo autor à UTAD, sendo talvez a maior achega sobre o Homem e o seu tempo. Filinto Elísio (1734-1819), pseudónimo do Padre Francisco Manuel do Nascimento, "Poeta nostálgico e crítico da sociedade portuguesa nascido em Lisboa, considerado o último representante do neoclassicismo arcádico em Portugal, em cujos escritos atacou o clero e a aristocracia, além de combater a superstição e o atraso ainda reinantes. De origem modesta, conseguiu ordenar-se padre (1754), estudou os clássicos e foi admirador incondicional de Horácio, adquirindo posteriormente uma formação liberal e enciclopedista. Adversário da Arcádia Lusitana, chefiou o grupo Ribeira das Naus e foi denunciado ao Santo Ofício como usuário da leitura de livros racionalistas franceses proibidos pela Inquisição."
“(…) É este grande quadro - de frases, poetas e poetisas, académicos, grandes senhores que, como tantos, são familiares do Santo ofício, inquisidores, embaixadores, ministros diz Belém talhadores, sapateiros, Intendentes de polícia, revolucionários, de devotados amigos e encapotados inimigos, etc. - que, em muitos lugares, o autor, com sabedoria, preferiu deixar em esboço, que NOS oferece o Filinto Elísio o regresso impossível e com ele - a começar seguramente pelo próprio autor - teremos de contar todos os que quisermos abeirar NOS do tempo e da obra do padre Francisco Manuel do Nascimento. E, como acabámos de insinuar, esperamos que o autor desta sólida «contribuição» - a modéstia é sua - não afaste nem esse tempo nem esse homem do horizonte dos seus estudos sobre a cultura portuguesa do século XVIII» José Adriano de Freitas Carvalho
