SOBRINHA DO MARQUEZ

GARRETT, ALMEIDA J. B. DE (1848) SOBRINHA DO MARQUEZ. LISBOA: IMP. NACIONAL. DE 15X10 CM. COM XIII, 14-176 PÁGS. E.

Variante da edição original integrada nas «Obras de J. B de A. Garrett», a que foram acrescidos o rosto e anterrosto. A edição original desta obra foi publicada anónima também no ano de 1848 e segundo Joaquim de Araújo, por motivos que se desconhecem Garrett retirou-a do mercado. Invulgar.

Mendes Leal elogia A Sobrinha na Revista Universal Lisbonense, em 13 de abril de 48, e explica a má recepção e espanto por parte do público, visto que os costumes nos quais viviam estavam sendo afrontados: “A apparição da Sobrinha do Marquez no theatro nacional excitou, e devia forçosamente excitar graves conflitos, como todas as obras de um homem de genio. O publico está afeito á innocencia do melodrama, não é muito que estranhasse aquella figura tão garbosa, tão senhoril e tão nossa, que o poeta teve a coragem de lhe apresentar, em contradição flagrante com as tradições e hábitos da plateia”.

Encadernação meia inglesa em pele, decorada na lombada com ferros a ouro; aparado e sem capas. [antiga assinatura de posse no frontispício]