MONT'ALVERNE DE SEQUEIRA: CORRESPONDÊNCIA (1881-1930). ED. A. H. DE OLIVEIRA MARQUES, FRANCISCO DE CARVALHO LOURO. PONTA DELGADA: INST. UNIV. DOS AÇORES, 1980. DE 23X16 CM. COM 391, [2] PÁGS. B.
Gil Mont’Alverne de Sequeira (Óbidos (Pará), 27 1859 — Ponta Delgada, 1931), médico e deputado, foi um dos mais influentes paladinos do Primeiro Movimento Autonómico dos Açores, do qual resultou a primeira autonomia desta região em 1895.
“(…) Das centenas de cartas lidas, selecionamos 204. Rejeitamos todas aquelas que se referiam a meros assuntos pessoais, bem como a maior parte das cartas de felicitações, agradecimentos e pêsames, etc. (…). Os temas que se encontram na respondência de Mont’Alverne de Sequeira são muito variados, o que permite a sua utilização como fonte histórica por estudiosos com objetivos diversos. O tema principal e, sem dúvida, a política. Nestas cartas se espalha toda a política partidária do País principalmente entre 1894 e 1906, quer sob o ponto de vista regenerador (Pacô Vieira), quer progressista (Raposo do Amaral), quer dissidente (Silva Telles, Alpoim), quer franquista (João Franco), quero ainda, depois daquela última data, monárquico oposicionista entre 1915 e 1924 (Moreira de Almeida). Igualmente se acha bem representada a política regional açoriana do distrito de Ponta Delgada, tanto por ilhas (S. Miguel e Santa Maria) como por caciques e chefes políticos, a permitir, algumas vezes, como que um cadastro dos influentes locais e dos grandes interesses no grupo oriental dos Açores. Além da política, está presente a ciência, mormente a medicina nos seus aspetos teórico e prático, espelhada nas publicações, nos congressos, na construção de hospitais, na ampliação das grandes conquistas científicas, na prática quotidiana. A literatura, mais rara, reflete-se em várias peças de correspondência. (…) A própria música não está ausente.»
Exemplar com DEDICATÓRIA AUTÓGRAFA do punho de A. H. Oliveira Marques [capa da brochura escurecida e com desgaste, tudo mais evidente na lombada]
