JORNADA DE ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE COELHO

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JORNADA DE ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE COELHO

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GUERREIRO, JOÃO TAVARES DE VELLEZ (1905) JORNADA DE ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE COELHO, COM UMA CARTA-PREFÁCIO DE J. F. MARQUES PEREIRA. LISBOA: ESCRIPTÓRIO: BIBLIOTECA DE CLÁSSICOS PORTUGUEZES. DE 19X14 CM. COM 168 PÁGS. E.

É a terceira edição deste clássico da literatura portuguesa, que poderíamos apelidar de «viagens», como se verá mais adiante. Impresso originalmente em Macau no ano de 1718, teve uma segunda edição em Lisboa em 1732. António de Albuquerque Coelho (1682-1745) ocupou vários cargos no Império Português do Oriente, tendo sido Governador de Macau e de Timor.

A «Jornada…», escrita pelo capitão João Tavares de Velez Guerreiro, é um curioso e muito relevante livro que para além de notas biográficas dá relação detalhada da viagem de cerca de um ano que Albuquerque, juntamente com o autor, mais dois portugueses, João Nunes e Pascoal Ribeiro, cinco cafres cativos e dois clarins realizaram a pé e de barco desde Goa até Macau. Quando nomeado governador de Macau, Albuquerque estava em Goa e deveria embarcar no único navio que estava para partir, mas como este estava sob o comando do seu inimigo Francisco Xavier Doutel, levantou ancora e se fez ao mar na noite de 22 de Maio sem o avisar. Albuquerque decidiu então partir a pé com a sua comitiva. Chegaram a S. Tomé de Meliapor (ocupada pelos portugueses) a 16 de Julho ao fim de percorrerem 2600 km. de Agosto. Nesta povoação costeira embarcaram e seguiram rumo a Malaca, dois meses depois atingiram Johor (no sul da Malásia) onde ficaram durante o inverno e só prosseguiram viagem a 18 de Abril de 1718. Doentes, foram obrigados a desembarcar na ilha de São João (Shangchuan, a cerca de 300 km de Macau) onde os chineses os trataram e encaminharam depois até Macau onde haveriam de chegar a 29 de Maio de 1718. Albuquerque tomaria posse do cargo no dia seguinte, 30 de Maio

Bela encadernação com a lombada e cantos em chagrin, saída das prestigiadas oficinas de Frederico d’Almeida, decorada na lombada com nervos e ferros a ouro em casa fechadas; corte da cabeça carminado e com as restantes margens intactas; capas conservadas; bom exemplar.

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