HISTORIA DA EGREJA CATHOLICA EM PORTUGAL, NO BRASIL E NA POSSESSÕES PORTUGUEZAS. TOMO I (A TOMO VII). 7 VOLS. LISBOA: TYPOGRAPHIA DE G. M. MARTINS: TYPOGRAPHIA PORTUGUEZA. DE 18X12 CM. E.
Uma das primeiras obras de fôlego sobre a História de Igreja Católica em Portugal e suas possessões, empreendida por Sousa Amado já em idade já avançada e por isso não terminada. Apesar de Fortunato de Almeida assinalar a «falta de plano e método e uma certa ausência de critério histórico» a obra, pela sua extensão e abrangência é ainda estimada, pois, para além de ser um marco na historiografia religiosa, encerra ainda subsídios que podem ser de préstimo para quantos se dedicam ao tema.
Desta obra publicaram-se 9 vols. assim divididos: 1º vol.: História da Igreja em Portugal anterior à monarquia; 2º vol.: desde Flávio Recaredo até ao Conde D. Henrique; 3º vol.: desde o Conde D. Henrique até D. Sancho I; 4º vol.: desde D. Afonso III até D. Diniz; 5º vol: desde o Papa Benedito XII até ao fim do reinado de D. João I; 6º vol.: desde o Papa Eugénio IV (1431) até ao Papa Alexandre VI (1503); 7º vol., Parte I e II: Nos domínios da África, América, Ásia e Australásia desde o Papa Pio III (1503) até ao Papa Leão XI (1605); os dois restantes (que não acompanham o nosso lote) são dedicados ao Padroado da Coroa Portugueza no Oriente e ao Império do Japão.
«Sousa Amado é uma fonte riquíssima para uma época de charneira. É por aí que vale ler a sua obra. Uma época em que tudo estava em ebulição. Socialmente, ainda há um século a grande parte da Europa vivia sob regimes políticos absolutistas: nas décadas de cinquenta e sessenta em que Amado escreve, estamos em plenos liberalismos. já com algumas experiências socialistas. Culturalmente, Sousa Amado viveu uma das épocas mais conturbadas: todo um paradigma científico está em pleno desmoronamento perante os avanços da Geologia, da Botânica e da Zoologia.»
José de Sousa Amado (Assafarge, Coimbra 1812 - ?). Presbítero formado em teologia pela Universidade de Coimbra, em 1843, professor no Liceu Nacional de Lisboa e membro da Relação do Patriarcado de Lisboa. Foi escritor e jornalista, escreveu variadíssimas obras em defesa da Igreja e da ortodoxia religiosa, atacando o Marquês de Pombal, a Maçonaria, o Protestantismo e o Estado liberal. Participou nas polémicas com Herculano sobre o Casamento Civil e sobre as Irmãs da Caridade. Inocêncio V, 139 e XIII, 221.
Encadernação meia francesa em pele decorada na lombada com ferros a ouro; aparado e com as capas conservadas. [miolo amarelecido e com ocasional acidez, mais forte numa ou outra folha; capas limpas com exceção do tomo I que denota manchas mais intensas; faltam os dois últimos vols. para a obra se completar]