BRITO, JOAQUIM MARIA RODRIGUES DE (2004) FILOSOFIA DA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO. APRES. ANTÓNIO BRAS TEIXEIRA. LISBOA: IMP. NAC.-CASA DA MOEDA. DE 24X15 CM. COM 240, [6] PÁGS. B.
«Discípulo de Vicente Ferrer Neto Paiva (1798-1886), que substituiu de 1858 a 1861 e a quem sucedeu na cátedra de Filosofia do Direito, Joaquim Maria Rodrigues de Brito (1822-1873), o mais metafísico dos nossos jusfilósofos de livre inspiração krausista, após haver dado à estampa uma síntese das suas reflexões filosófico-jurídicas (Filosofia do Direito, 1869), empreendeu a redacção de uma ambiciosa Filosofia da História do Cristianismo, que deveria compreender três volumes, havendo falecido prematuramente quando estava prestes a concluir o primeiro deles.
Apesar de, na data da sua morte, estarem já impressas três centenas e meia de páginas do primeiro volume da obra, nunca esta chegou em volume ao público, embora, entre 1887 e 1891, quando o krausismo fora substituído por novas orientações doutrinárias de índole positivista, materialista, evolucionista ou naturalista, a revista conimbricense O Instituto tivesse publicado todo o texto que o inditoso lente chegara a dar ao prelo, facto que, até agora, foi desatendido pelos estudiosos quer do pensamento e da obra deste autor quer do movimento krausista português.
Ao editar agora em volume o texto de J. M. Rodrigues de Brito publicado em O Instituto, pretende-se devolver a este nosso interessante e esquecido especulativo o lugar que de direito lhe cabe na galeria de pensadores portugueses que longamente reflectiram sobre o fenómeno religioso e o valor e significado do cristianismo, tornando mais evidente o que ao seu magistério ficaram a dever Antero de Quental, Cunha Seixas e Teófilo Braga.» In editorial.
Apresentação de António Braz Teixeira.