ECOS DA SEMANA DE CARLOS BOTELHO

A CIDADE NOS ECOS DA SEMANA DE CARLOS BOTELHO. COORDENAÇÃO DE JOÃO PAULO COTRIM. LISBOA: BEDETECA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, 1998. DE 34X24 CM. COM 124, [2] PÁGS. ILUST. B.

Catálogo de uma irrepetível exposição de desenhos de Carlos Botelho (1899-1982), comemorativa do centésimo do nascimento, de um dos maiores influencers da sua época, como diríamos hoje. Botelho foi ilustrador, pintor expressionista e caricaturista, foi ainda um dos pioneiros da Banda Desenhada em Portugal. No “Sempre Fixe”, semanário humorístico lisboeta com maior longevidade em Portugal, publicou, semanalmente, na série “Ecos da Semana”, entre 1928 e 1950 “elegantes bonecos de traço fino sobre branco e, às tantas, uma ligeira aguada que lhes dá, mais do que textura, substância”,

“(…) O humor perpassa naturalmente com todos os Ecos, mas não se espere, em geral, a piada forte, a estrutura em crescendo para o desenlace imprevisto e contundente. É a observação fina que domina e caracteriza, o jogo de palavras, a ironia doce, o apontamento. Os ecos da semana são o diário (semanal) de um artista sensível e humorista que anota e denuncia com a contenção do filósofo, a pincelada breve do pintor, o sentido urbanístico de arquiteto, a exigência do cidadão, a ternura do lisboeta, o desencanto de jornalista previamente visado”. João Boléo