FERRO-VELHO: MEMÓRIAS E ESTUDOS

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FERRO-VELHO: MEMÓRIAS E ESTUDOS

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VIANA, MANUEL COUTO (1989-1990) FERRO-VELHO: MEMÓRIAS E ESTUDOS. VOLUME I (A VOL. II). PREF. ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA. VIANA DO CASTELO: CÂMARA MUNICIPAL. COM 300 & 230 PÁGS. B.

As «memórias» de Manuel Couto Viana (Viana do Castelo 1897-1970), político e artista ligado ao primeiro modernismo português, ocupam as 100 pp. iniciais. do 1.º vol. Apesar de reduzidas são documento de interesse para a História política, económica, social e artística de Viana do Castelo durante uma boa parte do século XX. A este respeito acrescente-se que Couto Viana depois de frequentar engenharia na universidade de Charlsttenburg, em Berlim (1912-1914), e combatido em França pelo exército português, no regresso a Viana do Castelo foi presidente da Associação Comercial da cidade, vereador da câmara municipal em força política monárquica e vice-cônsul de França. Em 1933, foi nomeado delegado distrital do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP), em 1945 seria convidado para Secretário da Junta Central das Casas do Povo, em Lisboa. Neste âmbito insere o vol. II alguns textos entre os quais pelo seu interesse destacámos: «Da sede das Casas do Povo e do seu mobiliário».
Se as «memórias» são um «documento» a não negligenciar, com maior acerto se dirá dos «estudos». É uma importante coletânea de textos, redigidos ao longo de várias décadas, que traçam perfis (de António de Azevedo, António Correia de Oliveira, António Lima, Guerra Junqueiro, João Carlos Galhardo, Leonardo Coimbra, Sampaio Bruno, etc.), que contam da história e das artes de Viana e em Viana. Narrativas e textos de carácter etnográfico completam esta importante obra. Destacamos das narrativas uma dedicada à Páscoa minhota e outra ao diabo; No que à etnografia respeita diremos que aborda entre outros assuntos, temas como o artesanato rural, os cortejos históricos, o teatro popular, as festas populares, os jogos infantis, etc.

Os volumes apresentam expressiva DEDICATÓRIA AUTÓGRAFA do punho do prefaciador, que foi do filho do autor, o poeta, dramaturgo, ensaísta, etc. António Manuel Couto Viana, para o Dr. Fernando Biscaya. [capa da brochura com desgaste e vincos; corte das folhas com acidez e pequenas manchas]

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