AS TRISTES RAINHAS: LEONOR DE ARAGÃO; ISABEL DE COIMBRA.

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AS TRISTES RAINHAS: LEONOR DE ARAGÃO; ISABEL DE COIMBRA.

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RODRIGUES, ANA MARIA (2012) AS TRISTES RAINHAS: LEONOR DE ARAGÃO; ISABEL DE COIMBRA. [LISBOA] : CÍRCULO DE LEITORES. DE 24x15cm. COM 376, [16]pp. IUST. E

"O título deste livro pode, talvez, surpreender. Porquê tristes, estas rainhas?

D. Leonor de Aragão assim mesmo se intitulava ao assinar as suas cartas após a morte de D. Duarte, em 1438. Se até essa data ela havia gozado uma felicidade algo atribulada ao lado do esposo, a sua vida tornou-se a partir de então bastante triste. Morto que estava o companheiro de tantos anos, teve de suportar a pressão crescente dos cunhados, ávidos do poder que ele lhe havia transmitido, a hostilidade aberta de muitos cortesãos e a aversão dos burgueses e mesteirais de Lisboa, que viam nela uma mulher ambiciosa e estrangeira, capaz de precipitar o reino numa nova guerra com Castela. Escolhendo o caminho do exílio para obter ajuda da família de origem e regressar em força, perdeu os filhos, os bens e a dignidade régia, acabando os seus dias em Toledo, mais pobre e mais só do que quando partira.

Já D. Isabel de Coimbra, mal saída da infância, assistiu à queda em desgraça do pai, à morte deste em batalha contra o rei seu esposo, ao confisco dos bens e títulos familiares e à expatriação dos irmãos. Embora tenha conseguido, pela sua lealdade e obstinação, obter de D. Afonso V a integração do infante D. Pedro no panteão de Avis e a reabilitação da sua linhagem, não pôde gozar por muito tempo da tranquilidade reencontrada, pois faleceu pouco depois, aos 23 anos de idade, talvez das sequelas do difícil parto do futuro monarca.

Duas rainhas com um destino trágico, porém capazes de marcar a história pela forma como desempenharam a função para que foram educadas desde a infância.”

Encadernação Editorial com sobrecapa.

Da coleção Rainhas de Portugal

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